terça-feira, 30 de março de 2010

ARMANDO NOGUEIRA COM CARINHO


Ah Armando! Tão único, simples, majestoso... resolveu partir de forma abrupta numa segunda, que coisa você resolveu fazer diferente, não partiu no final de semana para atrapalhar a maior alegria do povo o fim de semana de futebol, foi partir numa segunda feira só para ser homenageado pelo seu Glorioso da Estrela Solitária, pois foi o único time a entrar em campo nesse dia triste, chuvoso, cheio de raios trovões, pois o céu do Rio chorava essa partida... Começa a partida, ops não começa não pois os jogadores prestam uma última homenagem, agora sim tudo pronto juíz autoriza, tem que se falar do árbitro, lembram quando eles se vestiam só de preto? Pois bem que neste jogo ele poderia estar de todo de preto, sem aqueles uniforme espalhafatosos de hoje em dia, sobre jogo... Ah sim o Glorioso venceu por 4 a 1.

Local onde ele sempre escreveu, o estádio Mario Filho, teve sua última passagem pelo nosso mundo em sua tribuna de honra aconteceu o velório, por ali onde passaram pessoas importantes, conhecidas, astros do esporte brasileiro e também os milhaes de Zés, Antonio, Marias, Terezinhas... Todos com um único intuito de lhe render as mais verdadeiras homenagens.

Oh Armando... Fostes numa manhã de segunda, dia que normalmente estaríamos abrindo um jornal para ler sua resenha esportiva de um fim de semana agitado no esporte, Corinthians derrota São Paulo no Clássico Majestoso, Flamengo garante classificação antecipada à semi, Vasco com camisa nova atropela Tricolor, Grêmio cinquenta vitorias seguidas... qual seria sua crônica? Não não foi isso que paramos para ver e ouvir, nos televisores entra o plantão... MORRE ARMANDO NOGUEIRA, as rádios já começam a pipocar a notícia e pronto o Brasil para de ler a resenha e começa a se inteirar desta notícia. E agora um dos últimos cronistas brasileiro parte, restam poucos com a qualidade que você maestro das letras e do pensar tinha, diria aqui outros nomes mas me lembro apenas de Ruy Carlos Ostermann, Alberto Elena Junior, José Trajano... Será que ainda nascerá novos cronistas com a qualidade sua ou pelo pelo menos 10%? Quiçá!

Hoje com certeza estás rindo ai no céu ao lado daquele que alcunhaste de "O ANJO DAS PERNAS TORTAS" e quem sabe escrevendo algo para um jornal celestial. Fostes o forjador de grandes jornalistas: Pedro Bial, Willian Bonner...

Vou terminar esse texto lhe dizendo um muito obrigado, pois suas cônicas esportivas, muitas vezes me foram úteis em jornadas esportivas em transmissões que fiz e um muioto obrigado por ter sido sempre ético, perspicaz e humildes nas palavras. Uma frase que uso em minha vida lhe cabe como uma luva:
"E quem tem vida interna não padece na solidão."

Antes de terminar, pois afinal terminar como? Se sempre há algo mais a lembrar, lembro de uma crônica que fizeste ao Galinho de Quintino quando este fez um jogo de despedida no Maracanã, quando citas: "... e a bola parou por uma fração de segundo, pensei ele não não conseguir, vai passar pela bola, mas ...", hoje digo que a Crônica Esportiva Brasileira parou por uma fração de segundo, porém ao reler suas crônicas percebo que esta nunca vai parar.

Vá com Deus maestro!

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